Os apaixonados por carro com mais tempo de rodagem lembram-se de uma época onde os veículos funcionavam a álcool ou a gasolina.
Um motor capaz de receber os dois tipos de combustíveis era uma realidade que, embora possível desde 1908, não existia no mercado.
Quando o Ford T, o primeiro carro popular foi lançado, seu motor poderia receber gasolina, álcool ou querosene.
Até que, no começo do século XXI, atentas às necessidades dos consumidores, as montadoras começaram a mudar essa realidade.
Lentamente as opções de carros flex chegaram aos modelos de entrada e seu grande sucesso de público se estendeu aos veículos de variados tipos e categorias.
Atualmente, no mercado brasileiro, é muito difícil encontrar à venda carros que não aceitem os dois tipos de combustível.
Para o consumidor, isso é ótimo, uma vez que garante maior liberdade de escolha. Mas também é motivo da já clássica dúvida:
Na hora de abastecer é melhor colocar álcool ou gasolina?
Acertando na escolha do combustível do carro flex
Se você possui um carro flex, com certeza já se perguntou qual a melhor opção de combustível diante da bomba do posto.
É muito comum que, em um primeiro momento, a escolha seja feita do ponto de vista puramente financeiro.
Afinal, todo proprietário quer diminuir ao máximo os custos com seu carro.
O grande problema é que essa escolha e esse aspecto não podem ser determinados por uma simples comparação de preço.
Nem sempre o combustível mais barato é a sua melhor opção.
Álcool e gasolina são distintos e, portanto, necessitam de condições distintas para que ocorra o processo de combustão.
O resultado é que encontramos diferenças no rendimento de cada um, em seu potencial poluidor e seus efeitos no motor.
1. Escolhendo pela eficiência
Se o seu objetivo é optar sempre pela eficiência, seu processo de decisão é relativamente simples.
O álcool possui um rendimento que equivale a 70% do obtido com gasolina.
Assim, se você quer acertar na escolha, multiplique o valor da gasolina por 0,7.
Caso o resultado seja maior que o preço cobrado pelo etanol, abasteça com ele. Se for menor, abasteça com gasolina.
Vale lembrar que, em alguns modelos mais novos, esse percentual de rendimento pode ser de 80%.
Nesses casos, basta multiplicar o preço do litro da gasolina por 0,8 e aplicar a mesma lógica.
2. Escolhendo o melhor para o motor
É muito comum encontrarmos por aí a informação de que o motor flex deve ser abastecido com gasolina a cada 5.000km, porque ela limpa resíduos do etanol e, assim, aumenta a vida útil do componente.
Mas, segundo publicação do site Best Cars, esse não passa de um mito.
A não ser que o álcool utilizado para abastecer seja adulterado. Nesses casos, o combustível fóssil funciona como aliado.
As diferenças entre o uso de cada um para o motor são mínimas. Cabe ao motorista sentir com qual deles sente melhor dirigibilidade.
3. Escolhendo pela sustentabilidade
Se para você o que importa é fazer sua parte para construirmos um mundo sustentável, talvez a questão financeira não seja tão importante.
Em termos de emissão de poluentes nocivos à atmosfera, a gasolina é campeã.
A queima de combustíveis fósseis por veículos é a maior causa da poluição do ar por todo o planeta.
Outro ponto é que o produto é derivado de petróleo, recurso finito e que exige intervenções agressivas para a sua extração.
Por outro lado, embora o etanol polua menos ele não deixa de ser alvo de uma série de questionamentos.
As culturas agrícolas voltadas à produção de combustível, como a cana de açúcar, ocupam áreas de potenciais produtoras de alimento.
Além disso, é muito comum que produtores não façam o revezamento da terra, levando ao esgotamento de nutrientes específicos do solo.
Sem contar as queimadas, o grande consumo de água e o uso de agrotóxicos.
Por isso, se seu foco é a sustentabilidade, analise bem essas questões e opte por aquela que considera as consequências menos graves.
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Até a próxima!
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