A preocupação com a emissão de poluentes dos automóveis é uma realidade para as montadoras há algum tempo.
Diversas tecnologias são desenvolvidas e testadas visando esse objetivo, além, é claro, da procura por ganhos de performance.
E os carros com injeção direta surgem como uma forma de juntar esses fatores para, assim, permitir a diminuição do tamanho do motor sem perda de potência, além de uma menor emissão de gases poluentes.
Mas será que esse objetivo realmente foi alcançado?
Carros com injeção direta são mais poluentes
Ao final da década de 1970 as descobertas científicas levaram a preocupação com o meio ambiente ao centro da discussão.
Temas, como o buraco na camada de ozônio, efeito estufa e aquecimento global, passaram a ser amplamente debatidos na década seguinte.
Como resultado, uma série de medidas foram tomadas visando solucionar o problema, como o banimento do CFC, por exemplo.
Com as atenções voltadas à poluição atmosférica, não tardou para perceber o papel central dos carros e sua missão de gases prejudiciais ao meio ambiente.
Em São Paulo, maior cidade da América Latina e que conta com um carro para cada 2,03 habitantes, os automóveis são responsáveis por 90% da poluição do ar.
E esse quadro se repete em várias regiões do mundo e, por isso, surgiram normas mais rígidas para as montadoras no que diz respeito à emissão de gases.
A injeção direta surgiu como uma tecnologia que contemplava esse objetivo.
Porém estudos realizados pela empresa alemã TÜV Nord mostraram que esse componente leva o motor a emitir mil vezes mais partículas poluentes.
A injeção direta funciona como um injetor dentro da câmara de combustão dos motores, sem que haja necessidade de os combustíveis passarem pelas válvulas de admissão.
Com isso, há um aumento de pressão da explosão, gerando mais energia e potência para o automóvel.
Justamente essa pressão mais elevada no cilindro resulta em mais partículas geradas e lançadas no ar.
Assim, o que era para ser uma solução se torna um problema dos mais graves.
Diante dessa situação, a União Europeia determinou na norma Euro 6c a obrigatoriedade, a partir de 2017, do uso de filtros de partículas em carros movidos a gasolina.
Anteriormente apenas os veículos a diesel eram obrigados a sair de fábrica com o componente.
No Brasil os carros com injeção direta são comercializados desde 2006 e, até o momento, não há nenhuma norma que obrigue o uso de filtros.
Porém, com as mudanças no mercado europeu, não é difícil imaginar que as montadoras estendam a mudança às demais partes do globo.
Além disso, algumas empresas já haviam anunciado a adoção da medida mesmo antes de sua obrigatoriedade.
Cuidar do planeta é dever de todos e é fundamental que as grandes empresas façam a sua parte e procurem soluções que contemplem esse aspecto.
Que no futuro breve os carros com injeção direta sejam não apenas mais potentes, mas, também, menos poluentes.
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Até a próxima!
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